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Por meio de sua atuação na área de Artes Visuais, o Sesc promove este ano uma ampla reflexão em torno da identidade brasileira e as relações entre os diferentes grupos
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Por meio de sua atuação na área de Artes Visuais, o Sesc promove este ano uma ampla reflexão em torno da identidade brasileira e as relações entre os diferentes grupos étnicos que constituem o país. O projeto Dos Brasis: arte e pensamento negro, parte do programa Arte Sesc, com curadoria de Hélio Menezes e Igor Simões, tem a proposta de pesquisar, fomentar e difundir a produção artística, intelectual, e visual contemporâneas de artistas e pesquisadores afro-brasileiros ao evidenciar suas técnicas, histórias e correlações socioculturais, por meio, inicialmente, de uma pesquisa nacional com a participação dos técnicos de artes visuais do Sesc no país. O evento de lançamento será realizado no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, em Salvador (BA). Na ocasião, será anunciada a abertura das inscrições para seleção de pesquisadores que participarão de uma residência artística on-line.
O projeto Dos Brasis tem curadoria do professor e Doutor em Artes Visuais Igor Simões e do curador e antropólogo Hélio Menezes. Durante o evento de lançamento, eles apresentam a metodologia de pesquisa do projeto e conduzem uma roda de conversa com os convidados Nelma Barbosa, coordenadora geral da rede de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Baiano, e Ayrson Heráclito, artista, curador, pesquisador e professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano.
Além da residência artística, que tratará temas como Curadoria e Raça na Arte Brasileira, Os educativos como plataforma de pensamento sobre arte e racialização, e Mulheres Negras e Arte Contemporânea Brasileira, o projeto Dos Brasis prevê uma exposição coletiva com obras de artistas visuais originários de todos os estados, em 2023, materiais educativos voltados à formação de educadores e representativo de experiências educacionais de todo o país; e uma publicação com o resultado das pesquisas em cada unidade da federação vinculada ao projeto.
Na residência, serão realizados ao longo do ano encontros com tutoria para os participantes, cujo percurso profissional se relacione com os temas propostos pela exposição, como artistas, pesquisadores e educadores, e aulas abertas ao público. A ação é uma estratégia para ampliar o debate em torno do tema por meio de grupos de estudo entre nomes que tecem a curadoria e o pensamento negro em artes visuais, instituindo espaços de compartilhamento e referências a partir da criação poética, crítica e educativa.
Futuramente, a exposição desenvolvida no projeto Dos Brasis integrará o circuito de exposições do Sesc e deve circular pelas mais de 60 galerias que compõem a Rede Sesc de Artes Visuais por meio do Arte Sesc.
Serviço
Exposição | Dos Brasis: arte e pensamento negro
De 03 de agosto a 31 de março
Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e Feriados, das 10h às 18h
Período
Agosto 3 (Quinta) 10:00 - Março 31 (Domingo) 21:00(GMT-03:00)
Local
Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho - São Paulo - SP
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Leonilson é artista do nosso tempo. Realizada três décadas após seu falecimento precoce, em 28 de maio de 1993, esta mostra faz lembrar o seu legado, que o coloca entre
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Leonilson é artista do nosso tempo. Realizada três décadas após seu falecimento precoce, em 28 de maio de 1993, esta mostra faz lembrar o seu legado, que o coloca entre os mais relevantes artistas brasileiros dos séculos XX e XXI. O artista ainda exerce forte influência sobre as novas gerações, comovendo o público de suas exposições, que o tem como referência, pelo seu modo de ser e pela obra artística composta de desenhos, pinturas, bordados, gravuras, objetos escultóricos e escrituras, que expressam sua forma política de desver este mundo de injustiças e contradições. Ou seja, ver fora da normalidade, enxergando equivalências sensíveis nos fenômenos naturais que lhes dão forma e que ocorrem na fina pele que cobre o mundo.
Leonilson produziu delicados desenhos e fez uso frequente de inscrições de textos e palavras, fazendo delas verdadeiras poesias visuais. São também conversas de alguém que sabia que transcendia o mundo. Nas pequenas figuras que aparecem na obra do final dos anos 1970, observamos que o artista vai preservar as qualidades dos traços que ainda veremos nos desenhos do começo da década de 1990, últimos anos de sua produção, nos mostrando coerência gráfica e, por meio dessas figuras – puras, de linhas simples e inacabadas –, verdadeiras e eloquentes narrativas. São figurinhas de homens e de fenômenos naturais reduzidos nos traços mínimos, mas, ainda assim, carregados de forte expressão, representando a humanidade na sua essência.
Nos desenhos do começo dos anos 1980, podemos observar a maneira como Leonilson enxerga o mundo interior das pessoas. Cenas do cotidiano em que retrata amigos em estado de contemplação, e que fazem uma correlação com o núcleo da exposição Das amizades. Mais tarde, observamos em sua obra o artista mais autobiográfico, quando produziu uma série de desenhos que explora sentimentos como coragem, solidão, angústia, medos, proteção, transcendência e morte – expressos na forma de montanhas, vulcões, furacões, abismos, rios, corredeiras e garrafas que aludem ao corpo humano e abrigam vulcões em sua força e intensidade simbólicas.
Esses desenhos evidenciam a carga emocional presente em toda a obra. Sua forma de contar e expressar os sentimentos é ato político, primordial para sua sobrevivência. É de uma vida intensa que se trata a obra.
Serviço
Exposição | Leonilson: Montanhas protetoras e ao longe, vulcões, rios, furacões, mares, abismos e Das amizades
De 01 de dezembro a 31 de maio
Quinta a sábado, das 12h às 20h e domingo, das 10h às 18h
Período
Dezembro 1 (Sexta) 12:00 - Maio 31 (Sexta) 20:00(GMT-03:00)
Local
Pinacoteca do Ceará
Rua 24 de Maio, s/n, Praça da Estação, Centro - Fortaleza - CE
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A história da Galeria Raquel Arnaud é uma jornada pelo mundo da arte contemporânea brasileira e internacional. Comemorando cincodécadas de contribuição para o cenário artístico, a galeria apresenta, em
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A história da Galeria Raquel Arnaud é uma jornada pelo mundo da arte contemporânea brasileira e internacional. Comemorando cincodécadas de contribuição para o cenário artístico, a galeria apresenta, em fevereiro de 2024, um projeto especial em homenagem a essa trajetória, com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti e da curadora adjunta Marina Schiesari. Este marco de 50 anos é mais do que uma celebração; é uma reflexão sobre a evolução da arte contemporânea no Brasil e no mundo.
A mostra é uma celebração da arte contemporânea ao olhar para o passado, o presente e o futuro. Este projeto nos convida a refletir sobre a evolução da arte e sua influência em nossa sociedade. É uma celebração não apenas da galeria, mas também da vitalidade e da diversidade da cena artística contemporânea, tanto no Brasil quanto no mundo.
Curadoria de Jacopo Crivelli Visconti e Marina Schiesari
Serviço
Exposição | 50 Anos da Galeria Raquel Arnaud
De 22 fevereiro a 25 maio
Segunda à sexta das 11h00 às 19h00 e sábado das 11h00 às 15h00
Período
Fevereiro 22 (Quinta) 11:00 - Maio 25 (Sábado) 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Raquel Arnaud
Rua Fidalga, 125 – Vila Madalena, São Paulo - SP
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O MASP apresenta a mostra Gran Fury: arte não é o bastante, que ocupa a galeria localizada no 1o subsolo do museu. Com curadoria de André Mesquita, curador, MASP, e assistência
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O MASP apresenta a mostra Gran Fury: arte não é o bastante, que ocupa a galeria localizada no 1o subsolo do museu. Com curadoria de André Mesquita, curador, MASP, e assistência de David Ribeiro, supervisor, MASP, a exposição reúne 77 obras, entre elas fotocópias e impressões digitais sobre papel. A mostra discute os limites e os alcances das campanhas gráficas do coletivo Gran Fury, bem como a ideia da arte como estratégia no campo ativista, impulsionado por pessoas queer, para ampliar a consciência sobre o HIV/aids.
Gran Fury (Nova York, 1988—1995) foi um coletivo de artistas considerado referência para as práticas de ativismo artístico das décadas de 1980 e 1990, que emergiu a partir da organização ACT UP (AIDS Coalition to Unleash Power) [Coalizão da aids para libertar o poder], composta por indivíduos e grupos de afinidade dedicados a tornar criticamente público o silêncio e a negligência do governo dos Estados Unidos em relação ao HIV/aids. Gran Fury produziu campanhas gráficas e intervenções públicas em torno das questões relacionadas à crise do hiv/AIDS, servindo visualmente ao ACT UP em protestos e ações de desobediência civil. O coletivo encerrou suas atividades em 1995, e seu arquivo encontra-se na New York Public Library.
Em boa parte de sua trajetória, o Gran Fury contou, em sua formação, com Avram Finkelstein, Donald Moffett, John Lindell, Loring McAlpin, Mark Simpson (1950-1996), Marlene McCarty, Michael Nesline, Richard Elovich, Robert Vazquez-Pacheco e Tom Kalin. O grupo se autodescrevia como “um bando de indivíduos unidos na raiva e comprometidos a explorar o poder da arte para acabar com a crise da aids”. Seus membros recusavam-se a se assumir como artistas ou a aparecer como criadores individuais e desejavam escapar dos espaços de arte consagrados.
O título da exposição do MASP Arte não é o bastante, se inspira na frase “With 42,000 Dead, Art Is Not Enough” [Com 42 mil mortos, arte não é o bastante] (1988), de autoria do coletivo. A sentença surgiu quando a instituição independente de arte experimental e performance The Kitchen, em Nova York, convidou o coletivo para fazer a capa do calendário do espaço, que respondeu com um pôster contendo a declaração, seguida da conclusão “Take Collective Direct Action to End the Aids Crisis” [Engaje-se na ação direta e coletiva para acabar com a crise da aids].
“O Gran Fury é parte de uma história ativista do uso politizado das ferramentas de comunicação e da subversão de imagens e discursos dominantes, abrindo território para o que na década de 1990 tornou-se conhecido entre coletivos de arte ativista e movimentos sociais como ‘mídia tática’, que é a produção de um novo tipo de estética por grupos e indivíduos oprimidos ou excluídos da cultura geral, trabalhando com formas expandidas de distribuição cultural e intervenção semiótica nas ruas, valendo-se de diferentes suportes visuais”, elucida o curador André Mesquita.
Entre as ações produzidas pelo grupo está a criação The New York Crimes (1989), que consistiu na impressão de milhares de exemplares falsos de um jornal de quatro páginas com textos do ACT UP, contendo suas próprias notícias e gráficos densos. Nessa obra, o grupo, mimetizando os elementos gráficos da capa do The New York Times. s. O The New York Crimes corrigia a identidade e as informações equivocadas da cobertura do tradicional jornal nova iorquino sobre a doença, por exemplo a de que o controle do HIV já estava estabilizado. Na época, Gran Fury e ativistas do ACT UP saíram pelas ruas de Nova York durante a madrugada, abriram as caixas do The New York Times, retiraram os exemplares e substituíram as primeiras páginas com o jornal falso.
Em Kissing Doesn’t Kill [Beijar não mata] (1989-90), o Gran Fury desviou o multiculturalismo corporativo das conhecidas campanhas da empresa italiana de roupas Benetton, subvertendo seus códigos visuais e semânticos e a sua sedução visual, para exibir fotografias de três casais inter-raciais se beijando. O pôster foi instalado como um painel nas laterais de ônibus e nas estações de metrô em São Francisco, Chicago, Nova York e Washington DC, nos Estados Unidos. Sua imagem, replicada também em vídeos curtos produzidos pelo coletivo, não vendia um produto, mas desafiava a interpretação equivocada do beijo como comportamento de risco, uma vez que, naquela época, a saliva era vista como um fluido supostamente capaz de transmitir o HIV.
“O outdoor não publicitário de Kissing Doesn’t Kill efetua o que, na década de 1990, popularizou-se como Culture Jamming [Interferência cultural] por meio da subversão, manipulação ou rompimento simbólico das mensagens publicitárias na mídia e no espaço urbano”, explica Mesquita.
A garantia do cuidado e do respeito a todas as pessoas com HIV foi endereçada em um cartaz com a frase All People With AIDS Are Innocent [Todas as pessoas com aids são inocentes] (1988), quebrando o paradigma moral de que algumas pessoas mereceriam o hiv/AIDS mais do que outras. O cartaz do Gran Fury determinava uma mudança de pensamento imediata da sociedade para respeitar, sem hierarquias, todas as pessoas que convivem com o hiv/AIDS, as quais devem ter o direito de receber cuidados e assistências igualitárias.
Segundo o curador André Mesquita, “dizer que ‘a arte não é o bastante’ não significa abandonar permanentemente a arte em favor da militância, ou apontar a ineficácia de uma prática artística para a transformação social. Ao contrário, a declaração do Gran Fury propõe que já não basta mais fazer uma arte sobre a crise, mas que momentos de crise são também momentos revolucionários de imaginação radical e de confrontação de sistemas hegemônicos e opressores”. “Sua obra gráfica nos provoca a pensar sobre a necessidade e a urgência de artistas, ativistas e agentes culturais se articularem como força política solidária em direção à ação direta, caminhando junto a movimentos contestatórios”, conclui.
Gran Fury: arte não é o bastante integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+. Este ano a programação também inclui mostras de Francis Bacon, Mário de Andrade, MASP Renner, Lia D Castro, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.
Serviço
Exposição | Gran Fury: arte não é o bastante
De 23 de fevereiro a 09 de junho
Terça, das 10h às 20h (entrada até as 19h) · quarta a domingo, das 10h às 18h
(entrada até as 17h)
Período
Fevereiro 23 (Sexta) 10:00 - Junho 9 (Domingo) 20:00(GMT-03:00)
Local
MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo
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Com curadoria de Ailton Krenak e curadoria adjunta de Angela Pappiani, Eliza Otsuka e Priscyla Gomes, a exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” apresenta 160 fotografias inéditas no Brasil
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Com curadoria de Ailton Krenak e curadoria adjunta de Angela Pappiani, Eliza Otsuka e Priscyla Gomes, a exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” apresenta 160 fotografias inéditas no Brasil do premiado fotógrafo japonês Hiromi Nagakura, realizadas em viagens com Krenak, principalmente pelo território amazônico, entre 1993 e 1998. A mostra, com entrada gratuita, chega ao CCBB RJ ampliada, com uma nova seleção de imagens, além de objetos dos povos visitados, que não estiveram presentes na edição paulistana da exposição, em cartaz no ITO até o início deste ano.
Além disso, lideranças indígenas de diversas etnias participarão de conversas realizadas em torno da exposição, junto com o fotógrafo e o curador. No dia da abertura da exposição, às 17h, haverá a roda de conversa “Hiromi Nagakura e Ailton Krenak encontram os povos da floresta”, com a presença da dupla e também das lideranças indígenas Moisés Pyianko Ashaninka e Leopardo Huni Kuin, com a participação de Marize Guarani, presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã. No dia 29 de fevereiro, também às 17h, haverá mais uma roda de conversa, “Hiromi Nagakura e Ailton Krenak encontram os povos do cerrado”, com Krenak, Nagakura e as lideranças indígenas Marineuza Pryj Krikati, Maria Salete Krikati e Caimi Waiassé Xavante, com a participação de Carlos Tukano, presidente do Conselho Estadual de Direitos Indígenas do Rio de Janeiro. No dia 1 de março, às 17h, Ailton Krenak e as cinco lideranças indígenas da Amazônia convidadas farão palestra no CCBB RJ.
“Nagakura-san é um samurai. Sua espada é uma câmera que ele maneja com a segurança de quem já passou por campos de refugiados e esteve no centro das praças de guerra, por lugares como África do Sul, Palestina, El Salvador e Afeganistão. Depois desse mergulho no inferno global, quando sentiu de perto a loucura dos seres humanos, o samurai da câmera descobriu a floresta amazônica e seus povos nativos”, escreveu Ailton Krenak, curador da mostra, no texto que acompanha a exposição.
A exposição é patrocinada pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A mostra segue para os CCBBs Brasília e Belo Horizonte após temporada no Rio de Janeiro
Serviço
Exposição | Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak
De 28 de fevereiro a 27 de maio
De quarta a segunda, das 9h às 20h. Fechado às terças-feiras
Período
Fevereiro 28 (Quarta) 09:00 - Maio 27 (Segunda) 20:00(GMT-03:00)
Local
CCBB RJ
R. Primeiro de Março, 66 - Centro Rio de Janeiro - RJ
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O escultor Saint Clair Cemin (1951, Cruz Alta, RS, Brasil) inaugura a individual “Ser híbrido”, em 9 de março, sábado, na sede da Millan. A abertura, que marca a reinauguração
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O escultor Saint Clair Cemin (1951, Cruz Alta, RS, Brasil) inaugura a individual “Ser híbrido”, em 9 de março, sábado, na sede da Millan. A abertura, que marca a reinauguração do imóvel da sede da galeria —fechada desde novembro de 2023 para uma grande reforma—, contará, ainda, com um bate-papo entre o artista e o crítico de arte estadunidense Paul Laster.
Cemin, que hoje vive entre os Estados Unidos e Grécia, criou seis esculturas em bronze especialmente para a mostra. Cada uma das peças condensa movimentos, formas e referenciais diferentes em um único ser. “Panguri”, por exemplo, une as figuras de um cavalo, um menino e um avião, criando, nas palavras do artista, uma “quimera”.
Outra escultura, que também recebe o tratamento de pátina alaranjada que recobre as obras na exposição, remonta à capoeira e é formada por duas partes que parecem se movimentar em sincronia. Efeito semelhante acontece com a obra “Infante”, que “em princípio deve girar ou dar cambalhotas quando caminhamos ao seu redor, dependendo do ponto de vista”, explica Cemin.
O artista cresceu em Cruz Alta, a quase 300 km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, onde desfrutava da paisagem povoada por cavalos ou visitava o aeroclube local para ver decolando os aviões teco-teco, deixando a cidade gaúcha para estudar Belas Artes na prestigiosa École des Beaux-Arts de Paris. Após se formar, em 1978, ele se mudou para os Estados Unidos, onde passou a integrar a vibrante cena de artes de Nova York, se aproximando de figuras como Jeff Koons e Richard Serra.
Mesmo com quase 60 anos de carreira, Cemin admite que se surpreendeu com o conjunto que apresenta na Millan: “As peças nesta exposição eram um enigma para mim. Elas eram importantes, mas eu não sabia o porquê e nem o que as unia num grupo coerente. Passaram-se semanas ou meses até que me dei conta, numa epifania fulgurante, do que elas eram. Todas estavam conectadas intimamente aos meus anos de criança; é como se as sensações, estados de espírito de minha infância, se houvessem cristalizado naquelas formas. Um poema sobre nossa infância”.
Além das memórias da infância, as esculturas também incorporam elementos da arte moderna e da estatuária da Grécia Antiga, essas já recorrentes em sua produção, que incorpora também, referências à filosofia, mitologia e literatura.
Ser híbrido apresenta uma parcela da produção de um artista que, mesmo que fiel à sua identidade, se coloca sempre em reinvenção, recusando definições totalizantes sobre a sua ou a arte em geral. “Qualquer coisa que se diga sobre a escultura em geral, a instalação em geral, poderá ser desmentido, ou agora, ou no futuro, por algum artista particular. A arte, a meu ver, chega ao universal pelo caminho do particular, daquilo que é único, pessoal” conclui.
Serviço
Exposição | Ser híbrido
De 09 de março a 13 de abril
Segunda a sexta, das 10h às 19h, sábado, 11h às 15h
Período
Março 8 (Sexta) 10:00 - Abril 13 (Sábado) 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Millan
Rua Fradique Coutinho 1360/1430 São Paulo Sp
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Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, o bioma Pantanal, umas das maiores planícies inundáveis do planeta, que em 2020 viveu sua grande tragédia ambiental,
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Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, o bioma Pantanal, umas das maiores planícies inundáveis do planeta, que em 2020 viveu sua grande tragédia ambiental, é o tema de Água Pantanal Fogo, exposição manifesto realizada pelo Instituto Tomie Ohtake em parceria com o Documenta Pantanal.
Com curadoria de Eder Chiodetto, a mostra reúne fotografias de Lalo de Almeida e Luciano Candisani, dois dos mais proeminentes fotodocumentaristas brasileiros, além de apresentar mapas, livros, infográficos e uma sala de vídeos que auxiliam a compor um panorama potente do Pantanal e de suas urgências.
Lalo de Almeida focou suas lentes no fogo que assolou o Pantanal durante os incêndios de 2020, devastando aproximadamente 26% da área e resultando na morte de 17 milhões de animais. Suas imagens circularam globalmente, desempenhando um papel crucial ao alertar a sociedade, a comunidade científica, o governo brasileiro e organizações internacionais sobre a gravidade do ocorrido. Parte delas, sobretudo o registro de um bugio ajoelhado e carbonizado, conferiu a Lalo o prestigioso prêmio World Press Photo na categoria “Ambiente”.
Já Luciano Candisani, especializado em fotografar ecossistemas ao redor do mundo, traz uma série de imagens da água, sejam elas submersas, terrestres ou aéreas. Suas fotografias, caracterizadas por uma rara combinação de excelência técnica e expressividade, foram produzidas em condições complexas durante as cheias pantaneiras, resultando em um acervo iconográfico de suma importância.
Segundo o curador, ambos os fotógrafos são “cronistas visuais que frequentemente buscam parcerias com cientistas e pesquisadores. Para obter o resultado exposto nessa mostra, criam logísticas complexas e se expõem a vários tipos de perigo. É em trabalhos como esses, que aliam idealismo, paixão e militância, que a fotografia alcança seu ápice, tornando-se uma janela aberta a revelar as idiossincrasias e o sublime do mundo”, conclui.
Serviço
Exposição | Água Pantanal Fogo
De 08 de março a 12 de maio
Terça a domingo, das 11h às 19h
Período
Março 8 (Sexta) 11:00 - Maio 12 (Domingo) 19:00(GMT-03:00)
Local
Instituto Tomie Ohtake
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo – SP
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A Galeria TATO, conhecida como um polo de atração e desenvolvimento de talentos na arte contemporânea, inaugura a coletiva “Que dizer de nós?”. A mostra reúne cerca de 30 obras
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A Galeria TATO, conhecida como um polo de atração e desenvolvimento de talentos na arte contemporânea, inaugura a coletiva “Que dizer de nós?”. A mostra reúne cerca de 30 obras de artistas participantes de duas edições da Casa Tato, projeto principal da galeria, com foco na inclusão de artistas promissores no sistema da arte. A curadoria é de Katia Salvany, que responde pela Casa Tato 9; e de Sylvia Werneck, responsável pela Casa Tato 10; com assistência de João Pedro Pedro. A exposição abre no dia 9 de março e pode ser visitada até o dia 30, de quarta a sábado, na Barra Funda, em São Paulo. A entrada é franca.
A mostra apresenta obras dos seguintes artistas: Adriana Nataloni (Argentina), Alessandra Mastrogiovanni (SP), Alexandre Vianna (SP), Anna Guerra (PE), Anna Vasquez (BA), Bet Katona (RJ), Bianca Lionheart (SP), Danilo Villin (SP), Desirée Hirtenkauf (RS), Diogo Nógue (SP), Edu Devens (RS), Flávia Matalon (SP), Gela Borges (MG), Giovanna Vilela (SP), Glenn Collard (SP), Isaac Sztutman (SP), Isabel Marroni (RS), Jamile Sayão (SP), Janice Ito (SP), Jaqueline Pauletti (SC), Júnia Azevedo (RJ), Laura Martínez (México), Luciano Panachão (SP), Marcelus Freschet (SP), Marina Marini Mariotto Belotto (PR), Neto Maia (BA), Rogo (TO) e Tomaz Favilla (SP).
Criado em 2020, com o objetivo de dinamizar a carreira de artistas promissores, o programa Casa Tato chega à sua décima edição. “Ao longo de seis meses, os participantes fazem uma imersão de mais de 100 horas em encontros e trocas com diversos profissionais do sistema da arte do Brasil e do exterior”, explica Tato DiLascio, diretor da galeria e idealizador do projeto. Os curadores residentes das edições 9 e 10 foram Kátia Salvany e Sylvia Werneck. Entre os curadores convidados participam: Agnaldo Farias, Alice Granada, Andrés Duprat, Daniela Bousso, Francela Carrera, Filipe Campello, Javier Villa, Lorraine Mendes, Lucas Benatti, Ludimilla Fonseca, Marcello Salles, Nancy Rojas, Paula Borghi e Rejane Cintrão.
Na exposição, os artistas participantes das edições 9 e 10 da Casa Tato se encontram no meio do caminho. O primeiro grupo conclui seu ciclo de acompanhamento, enquanto o segundo o inicia. “Com pesquisas bastante específicas e poéticas variadas, podemos dizer que, em seus trabalhos, os grupos partilham da vontade de esmiuçar o cotidiano e, com sorte, vislumbrar algum nexo na aventura de existir”, diz Katia Salvany. “Lidar com o transitório, encontrar o lugar do corpo na urbe, tentar refazer o elo rompido com a natureza ou compreender a memória são algumas das questões abordadas pelos artistas. As linguagens plásticas são tão variadas quanto os caminhos escolhidos para o mergulho em seus processos”, resume Sylvia Werneck.
Serviço
Exposição | Que dizer de nós?
De 09 de março a 30 de março
Quarta a sábado, das 13h às 18h
Período
9 (Sábado) 13:00 - 30 (Sábado) 18:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Tato
Rua Barra Funda, 893. Barra Funda. São Paulo - SP
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A Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro, abrirá para o público a exposição “Anjos com armas”, apresentando aproximadamente 50 obras dos artistas Sergio Camargo (1930-1990), Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980). A curadoria é de Max Perlingeiro, diretor da Pinakotheke
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A mostra é um tributo ao crítico e curador britânico Guy Brett(1942-2021), que desempenhou papel decisivo na internacionalização da arte brasileira, ao criar, junto com o artista filipino David Medalla(1942-2020), e outros amigos, a lendária galeria Signals, que de 1964 a 1966 exibiu obras desses fundamentais artistas que são Lygia Clark, Hélio Oiticica,Mira Schendele Sergio Camargo. Quatro obras que estiveram originalmente na Signals, estarão expostas na Pinakotheke Cultural: “Bicho-Contrário II” (1961), “Espaço Modulado nº 4” (1958) e “Espaço modulado nº8” (1959), de Lygia Clark, e “Relief” (1964), de Sergio Camargo.
Na abertura de “Anjos com armas”, estará presente o crítico, historiador e filósofo da arte Yve-Alain Bois (Constantine, Argélia, 1952), pesquisador no prestigioso Institute for Advanced Study, em Princeton, EUA.
Na ocasião, será lançada uma dupla publicação – o livro sobre a exposição, com textos de Guy Brett sobre os artistas, um texto do artista Luciano Figueiredo, e apresentação de Max Perlingeiro, curador da exposição e diretor da Pinakotheke Cultural; e “Anjos com Armas”, íntegra do texto de Yve-Alain Bois escrito originalmente para a revista “October”, do MIT, em que faz reflexões sobre o pensamento de Guy Brett e o artista filipino David Medalla (1942-2020), que estiveram à frente da Signals.
Outros destaques da exposição são os Bichos, de Lygia Clark, em alumínio: Bicho caranguejo (1960) e Bicho-contrário II (1961); o conjunto de sete “Metaesquemas”de Hélio Oiticica, de 1957 a 1959; o conjunto de seis “Relevos”de Sergio Camargo, entre eles o Relevo nº 172 (Fenditura spazio orizzontal e lungo), de 1967; os seis trabalhos da série “Monotipias” dos anos 1960 de Mira Schendel, além de seu “Caderno de artista” (1966), o “Diário de Londres“, em que a artista usa, “ao que parece, pela primeira vez, as letras decalcadas (letraset)”, afirmou Taisa Palhares, no catálogo da exposição “O espaço infindável de Mira Schendel” (2015), na Galeria Frente.
Serviço
Exposição | Anjos com armas
De 18 de março a 11 de maio
Segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados das 10h às 16h.
Período
Março 18 (Segunda) 10:00 - Maio 11 (Sábado) 18:00(GMT-03:00)
Local
Pinakotheke Rio de Janeiro
Rua São Clemente 300, Botafogo – Rio de Janeiro - RJ
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O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 22 de março a 28 de julho de 2024, Francis Bacon: a beleza da carne, que ocupa
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O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 22 de março a 28 de julho de 2024, Francis Bacon: a beleza da carne, que ocupa o espaço expositivo no 1o andar do museu. Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, Laura Cosendey, curadora assistente, MASP, e assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP, a exposição pretende evidenciar como o artista, com sua pintura inovadora e impactante, abriu caminhos para a presença queer na cultura visual.
Cobrindo mais de quatro décadas de trabalho do britânico, a mostra, com patrocínio master do Nubank e patrocínio da Vivo, reúne mais de vinte obras de Bacon, desde as décadas iniciais de sua produção até os anos 1980, e é acompanhada de um catálogo com ensaios inéditos. As obras provêm de empréstimos de museus como Tate (Inglaterra), MoMA (Nova York), Metropolitan Museum (Nova York), Museum Boijmans van Beuningen (Países Baixos), Museu Tamayo (México), Fondation Beyeler (Suíça), Stedelijk Museum (Países Baixos), entre inúmeras outras instituições de renome internacional e coleções particulares.
Francis Bacon (Dublin, Irlanda, 1909—1992, Madrid, Espanha) é considerado um dos mais importantes pintores da arte do século 20, com mais de seis décadas de produção. Filho de pais ingleses, teve uma infância difícil, em um ambiente familiar violento. Aos dezesseis anos, foi expulso de casa por seu pai e, após passar um período em Berlim e em Paris, fixou-se em Londres a partir dos anos 1930, onde iniciaria sua carreira como artista. Bacon construiu uma obra contundente e marcante, tornando-se um nome fundamental para a renovação da pintura figurativa.
O artista voltou-se especialmente para as figuras masculinas, seu objeto de desejo, em retratos e nus. A exposição apresenta retratos de homens com quem ele teve relacionamentos marcantes, como Peter Lacy (1916-1962) e George Dyer (1934-1971), além de outras figuras importantes em sua vida, como seu companheiro próximo John Edwards.
O título da mostra, A beleza da carne, faz referência a um relato do artista em uma das entrevistas conduzidas pelo crítico de arte e importante interlocutor ao longo de sua carreira, David Sylvester. Bacon conta que, ao se deparar com a vitrine de um açougue, refletiu: “[…] enquanto pintor, devemos lembrar que há essa grande beleza na cor da carne. […] Nós, obviamente, somos carne, somos carcaças em potencial. Quando vou a um açougue, sempre penso que é surpreendente que eu não esteja lá no lugar do animal”.
A fisicalidade do corpo é traduzida pelo artista em texturas espessas e oleosas, conferindo às figuras formas quase abstratas. As pinturas de Bacon reúnem em si uma grande variedade de fontes iconográficas, revisitando temas canônicos e combinando referências da história da arte com suas experiências pessoais e percepções sobre o corpo masculino.
“Seja em suas obras iniciais, que muitas vezes transgrediam símbolos da cristandade, ou naquelas que retratavam nus masculinos, a fisicalidade do corpo também é matéria central de sua obra”, analisa a curadora Laura Cosendey. “Essa simbologia da carne por Bacon condensa em si extremos: o espiritual e o animal, o frescor e a putrefação. Ela é a própria materialidade de nossa existência ‘em carne e osso’, mas também é ícone do desejo carnal, do instinto natural do corpo”, finaliza.
A produção de Bacon acompanha as mudanças significativas da experiência queer no contexto social britânico, visto que a prática de atos sexuais entre pessoas do mesmo gênero só foi descriminalizada na Inglaterra em 1967, após a promulgação do Sexual Offenses Act. Tais transformações trouxeram desdobramentos significativos para a obra do artista. Ainda nos anos 1950, Bacon produziu Two Figures [Duas figuras] (1953) e Two Figures in the Grass [Duas figuras na grama] (1954), obras que marcam um ponto de inflexão em seu trabalho. Em ambas, dois corpos masculinos em cena se entrelaçam e transbordam as fronteiras do corpo. Essas duplas de figuras, às quais o artista se referia como couplings [acasalamentos], poderiam ser confundidas com imagens de lutadores fundindo-se num embate corpo a corpo, ampliando a ambiguidade das imagens queer apresentadas por Bacon.
Se inicialmente sua produção foi marcada por uma certa ambiguidade entre o desejo e a violência, em especial nos anos 1950, a presença do erótico e de relações homoafetivas foi pouco a pouco se tornando mais evidente. A obra Man at a Washbasin [Homem em um lavatório] (circa 1954) também aponta para um vínculo de intimidade a partir de um gesto corriqueiro: uma figura humana arqueada que se debruça sobre a pia. A pintura sugere esse vínculo ao retratar um momento de privacidade no trato com o corpo.
Nos anos subsequentes, Bacon passa a trabalhar com espessas massas de tinta para caracterizar suas pinturas. A visceralidade com a qual o artista retratava esses corpos irrompe na superfície da pele, excedendo seus limites, como se pintasse o avesso da carne. Pinturas como Two Figures with a Monkey (1972), que também apresenta um de seus couplings, evidenciam esses acasalamentos. “Aqui, a carnalidade é posta em sua matéria literal, em primeiro plano, mas também transparece na voracidade dos corpos em ação, pondo em cena o embate entre suas figuras entrelaçadas. O ato sexual volta a mostrar-se protagonista”, explica Cosendey.
Em algumas entrevistas concedidas por Bacon ao longo de sua carreira, o artista comentou como sua vida emocional afetava profundamente sua produção. Sua obra foi impactada por dois relacionamentos turbulentos que marcaram sua vida: Peter Lacy, seu parceiro ao longo dos anos 1950, e George Dyer, que conheceu pouco tempo após a morte de Lacy e tornou-se sua grande inspiração durante os quase dez anos que passaram juntos.
Os homens que o artista amou permaneceram como presenças espectrais em suas pinturas, perdurando mesmo após o fim dos relacionamentos. A obra Study for Three Heads [Estudo de três cabeças] (1962), por exemplo, um de seus primeiros trípticos de menor escala, combina um retrato de Lacy ao seu autorretrato. Após a trágica morte de Dyer na antevéspera da abertura de uma exposição individual de Bacon em Paris, em 1971, o artista também pintou importantes trípticos dedicados a ele.
Para Laura Cosendey, a vida pessoal do artista marcou significativamente a produção e a compreensão de suas obras: “a soma da intimidade do artista com a gestualidade expressiva de suas pinceladas é o que dá potência à obra de Bacon, que ainda hoje nos tira o fôlego. Suas imagens nos trazem o vigor da vida, mas também a iminência da morte – essa ambivalência da beleza da carne que, por décadas, impactou os olhos do pintor”.
Francis Bacon: a beleza da carne integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+. Este ano a programação também inclui mostras de Gran Fury, Mário de Andrade, MASP Renner, Lia D Castro, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.
Serviço
Exposição | Francis Bacon: a beleza da carne
De 22 de março a 28 de julho
Terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas
Período
Março 27 (Quarta) 10:00 - Julho 27 (Sábado) 20:00(GMT-03:00)
Local
MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo
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Por meio de sua atuação na área de Artes Visuais, o Sesc promove este ano uma ampla reflexão em torno da identidade brasileira e as relações entre os diferentes grupos
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Por meio de sua atuação na área de Artes Visuais, o Sesc promove este ano uma ampla reflexão em torno da identidade brasileira e as relações entre os diferentes grupos étnicos que constituem o país. O projeto Dos Brasis: arte e pensamento negro, parte do programa Arte Sesc, com curadoria de Hélio Menezes e Igor Simões, tem a proposta de pesquisar, fomentar e difundir a produção artística, intelectual, e visual contemporâneas de artistas e pesquisadores afro-brasileiros ao evidenciar suas técnicas, histórias e correlações socioculturais, por meio, inicialmente, de uma pesquisa nacional com a participação dos técnicos de artes visuais do Sesc no país. O evento de lançamento será realizado no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, em Salvador (BA). Na ocasião, será anunciada a abertura das inscrições para seleção de pesquisadores que participarão de uma residência artística on-line.
O projeto Dos Brasis tem curadoria do professor e Doutor em Artes Visuais Igor Simões e do curador e antropólogo Hélio Menezes. Durante o evento de lançamento, eles apresentam a metodologia de pesquisa do projeto e conduzem uma roda de conversa com os convidados Nelma Barbosa, coordenadora geral da rede de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Baiano, e Ayrson Heráclito, artista, curador, pesquisador e professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano.
Além da residência artística, que tratará temas como Curadoria e Raça na Arte Brasileira, Os educativos como plataforma de pensamento sobre arte e racialização, e Mulheres Negras e Arte Contemporânea Brasileira, o projeto Dos Brasis prevê uma exposição coletiva com obras de artistas visuais originários de todos os estados, em 2023, materiais educativos voltados à formação de educadores e representativo de experiências educacionais de todo o país; e uma publicação com o resultado das pesquisas em cada unidade da federação vinculada ao projeto.
Na residência, serão realizados ao longo do ano encontros com tutoria para os participantes, cujo percurso profissional se relacione com os temas propostos pela exposição, como artistas, pesquisadores e educadores, e aulas abertas ao público. A ação é uma estratégia para ampliar o debate em torno do tema por meio de grupos de estudo entre nomes que tecem a curadoria e o pensamento negro em artes visuais, instituindo espaços de compartilhamento e referências a partir da criação poética, crítica e educativa.
Futuramente, a exposição desenvolvida no projeto Dos Brasis integrará o circuito de exposições do Sesc e deve circular pelas mais de 60 galerias que compõem a Rede Sesc de Artes Visuais por meio do Arte Sesc.
Serviço
Exposição | Dos Brasis: arte e pensamento negro
De 03 de agosto a 31 de março
Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e Feriados, das 10h às 18h
Período
Agosto 3 (Quinta) 10:00 - Março 31 (Domingo) 21:00(GMT-03:00)
Local
Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho - São Paulo - SP
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Leonilson é artista do nosso tempo. Realizada três décadas após seu falecimento precoce, em 28 de maio de 1993, esta mostra faz lembrar o seu legado, que o coloca entre
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Leonilson é artista do nosso tempo. Realizada três décadas após seu falecimento precoce, em 28 de maio de 1993, esta mostra faz lembrar o seu legado, que o coloca entre os mais relevantes artistas brasileiros dos séculos XX e XXI. O artista ainda exerce forte influência sobre as novas gerações, comovendo o público de suas exposições, que o tem como referência, pelo seu modo de ser e pela obra artística composta de desenhos, pinturas, bordados, gravuras, objetos escultóricos e escrituras, que expressam sua forma política de desver este mundo de injustiças e contradições. Ou seja, ver fora da normalidade, enxergando equivalências sensíveis nos fenômenos naturais que lhes dão forma e que ocorrem na fina pele que cobre o mundo.
Leonilson produziu delicados desenhos e fez uso frequente de inscrições de textos e palavras, fazendo delas verdadeiras poesias visuais. São também conversas de alguém que sabia que transcendia o mundo. Nas pequenas figuras que aparecem na obra do final dos anos 1970, observamos que o artista vai preservar as qualidades dos traços que ainda veremos nos desenhos do começo da década de 1990, últimos anos de sua produção, nos mostrando coerência gráfica e, por meio dessas figuras – puras, de linhas simples e inacabadas –, verdadeiras e eloquentes narrativas. São figurinhas de homens e de fenômenos naturais reduzidos nos traços mínimos, mas, ainda assim, carregados de forte expressão, representando a humanidade na sua essência.
Nos desenhos do começo dos anos 1980, podemos observar a maneira como Leonilson enxerga o mundo interior das pessoas. Cenas do cotidiano em que retrata amigos em estado de contemplação, e que fazem uma correlação com o núcleo da exposição Das amizades. Mais tarde, observamos em sua obra o artista mais autobiográfico, quando produziu uma série de desenhos que explora sentimentos como coragem, solidão, angústia, medos, proteção, transcendência e morte – expressos na forma de montanhas, vulcões, furacões, abismos, rios, corredeiras e garrafas que aludem ao corpo humano e abrigam vulcões em sua força e intensidade simbólicas.
Esses desenhos evidenciam a carga emocional presente em toda a obra. Sua forma de contar e expressar os sentimentos é ato político, primordial para sua sobrevivência. É de uma vida intensa que se trata a obra.
Serviço
Exposição | Leonilson: Montanhas protetoras e ao longe, vulcões, rios, furacões, mares, abismos e Das amizades
De 01 de dezembro a 31 de maio
Quinta a sábado, das 12h às 20h e domingo, das 10h às 18h
Período
Dezembro 1 (Sexta) 12:00 - Maio 31 (Sexta) 20:00(GMT-03:00)
Local
Pinacoteca do Ceará
Rua 24 de Maio, s/n, Praça da Estação, Centro - Fortaleza - CE
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A história da Galeria Raquel Arnaud é uma jornada pelo mundo da arte contemporânea brasileira e internacional. Comemorando cincodécadas de contribuição para o cenário artístico, a galeria apresenta, em
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A história da Galeria Raquel Arnaud é uma jornada pelo mundo da arte contemporânea brasileira e internacional. Comemorando cincodécadas de contribuição para o cenário artístico, a galeria apresenta, em fevereiro de 2024, um projeto especial em homenagem a essa trajetória, com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti e da curadora adjunta Marina Schiesari. Este marco de 50 anos é mais do que uma celebração; é uma reflexão sobre a evolução da arte contemporânea no Brasil e no mundo.
A mostra é uma celebração da arte contemporânea ao olhar para o passado, o presente e o futuro. Este projeto nos convida a refletir sobre a evolução da arte e sua influência em nossa sociedade. É uma celebração não apenas da galeria, mas também da vitalidade e da diversidade da cena artística contemporânea, tanto no Brasil quanto no mundo.
Curadoria de Jacopo Crivelli Visconti e Marina Schiesari
Serviço
Exposição | 50 Anos da Galeria Raquel Arnaud
De 22 fevereiro a 25 maio
Segunda à sexta das 11h00 às 19h00 e sábado das 11h00 às 15h00
Período
Fevereiro 22 (Quinta) 11:00 - Maio 25 (Sábado) 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Raquel Arnaud
Rua Fidalga, 125 – Vila Madalena, São Paulo - SP
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O MASP apresenta a mostra Gran Fury: arte não é o bastante, que ocupa a galeria localizada no 1o subsolo do museu. Com curadoria de André Mesquita, curador, MASP, e assistência
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O MASP apresenta a mostra Gran Fury: arte não é o bastante, que ocupa a galeria localizada no 1o subsolo do museu. Com curadoria de André Mesquita, curador, MASP, e assistência de David Ribeiro, supervisor, MASP, a exposição reúne 77 obras, entre elas fotocópias e impressões digitais sobre papel. A mostra discute os limites e os alcances das campanhas gráficas do coletivo Gran Fury, bem como a ideia da arte como estratégia no campo ativista, impulsionado por pessoas queer, para ampliar a consciência sobre o HIV/aids.
Gran Fury (Nova York, 1988—1995) foi um coletivo de artistas considerado referência para as práticas de ativismo artístico das décadas de 1980 e 1990, que emergiu a partir da organização ACT UP (AIDS Coalition to Unleash Power) [Coalizão da aids para libertar o poder], composta por indivíduos e grupos de afinidade dedicados a tornar criticamente público o silêncio e a negligência do governo dos Estados Unidos em relação ao HIV/aids. Gran Fury produziu campanhas gráficas e intervenções públicas em torno das questões relacionadas à crise do hiv/AIDS, servindo visualmente ao ACT UP em protestos e ações de desobediência civil. O coletivo encerrou suas atividades em 1995, e seu arquivo encontra-se na New York Public Library.
Em boa parte de sua trajetória, o Gran Fury contou, em sua formação, com Avram Finkelstein, Donald Moffett, John Lindell, Loring McAlpin, Mark Simpson (1950-1996), Marlene McCarty, Michael Nesline, Richard Elovich, Robert Vazquez-Pacheco e Tom Kalin. O grupo se autodescrevia como “um bando de indivíduos unidos na raiva e comprometidos a explorar o poder da arte para acabar com a crise da aids”. Seus membros recusavam-se a se assumir como artistas ou a aparecer como criadores individuais e desejavam escapar dos espaços de arte consagrados.
O título da exposição do MASP Arte não é o bastante, se inspira na frase “With 42,000 Dead, Art Is Not Enough” [Com 42 mil mortos, arte não é o bastante] (1988), de autoria do coletivo. A sentença surgiu quando a instituição independente de arte experimental e performance The Kitchen, em Nova York, convidou o coletivo para fazer a capa do calendário do espaço, que respondeu com um pôster contendo a declaração, seguida da conclusão “Take Collective Direct Action to End the Aids Crisis” [Engaje-se na ação direta e coletiva para acabar com a crise da aids].
“O Gran Fury é parte de uma história ativista do uso politizado das ferramentas de comunicação e da subversão de imagens e discursos dominantes, abrindo território para o que na década de 1990 tornou-se conhecido entre coletivos de arte ativista e movimentos sociais como ‘mídia tática’, que é a produção de um novo tipo de estética por grupos e indivíduos oprimidos ou excluídos da cultura geral, trabalhando com formas expandidas de distribuição cultural e intervenção semiótica nas ruas, valendo-se de diferentes suportes visuais”, elucida o curador André Mesquita.
Entre as ações produzidas pelo grupo está a criação The New York Crimes (1989), que consistiu na impressão de milhares de exemplares falsos de um jornal de quatro páginas com textos do ACT UP, contendo suas próprias notícias e gráficos densos. Nessa obra, o grupo, mimetizando os elementos gráficos da capa do The New York Times. s. O The New York Crimes corrigia a identidade e as informações equivocadas da cobertura do tradicional jornal nova iorquino sobre a doença, por exemplo a de que o controle do HIV já estava estabilizado. Na época, Gran Fury e ativistas do ACT UP saíram pelas ruas de Nova York durante a madrugada, abriram as caixas do The New York Times, retiraram os exemplares e substituíram as primeiras páginas com o jornal falso.
Em Kissing Doesn’t Kill [Beijar não mata] (1989-90), o Gran Fury desviou o multiculturalismo corporativo das conhecidas campanhas da empresa italiana de roupas Benetton, subvertendo seus códigos visuais e semânticos e a sua sedução visual, para exibir fotografias de três casais inter-raciais se beijando. O pôster foi instalado como um painel nas laterais de ônibus e nas estações de metrô em São Francisco, Chicago, Nova York e Washington DC, nos Estados Unidos. Sua imagem, replicada também em vídeos curtos produzidos pelo coletivo, não vendia um produto, mas desafiava a interpretação equivocada do beijo como comportamento de risco, uma vez que, naquela época, a saliva era vista como um fluido supostamente capaz de transmitir o HIV.
“O outdoor não publicitário de Kissing Doesn’t Kill efetua o que, na década de 1990, popularizou-se como Culture Jamming [Interferência cultural] por meio da subversão, manipulação ou rompimento simbólico das mensagens publicitárias na mídia e no espaço urbano”, explica Mesquita.
A garantia do cuidado e do respeito a todas as pessoas com HIV foi endereçada em um cartaz com a frase All People With AIDS Are Innocent [Todas as pessoas com aids são inocentes] (1988), quebrando o paradigma moral de que algumas pessoas mereceriam o hiv/AIDS mais do que outras. O cartaz do Gran Fury determinava uma mudança de pensamento imediata da sociedade para respeitar, sem hierarquias, todas as pessoas que convivem com o hiv/AIDS, as quais devem ter o direito de receber cuidados e assistências igualitárias.
Segundo o curador André Mesquita, “dizer que ‘a arte não é o bastante’ não significa abandonar permanentemente a arte em favor da militância, ou apontar a ineficácia de uma prática artística para a transformação social. Ao contrário, a declaração do Gran Fury propõe que já não basta mais fazer uma arte sobre a crise, mas que momentos de crise são também momentos revolucionários de imaginação radical e de confrontação de sistemas hegemônicos e opressores”. “Sua obra gráfica nos provoca a pensar sobre a necessidade e a urgência de artistas, ativistas e agentes culturais se articularem como força política solidária em direção à ação direta, caminhando junto a movimentos contestatórios”, conclui.
Gran Fury: arte não é o bastante integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+. Este ano a programação também inclui mostras de Francis Bacon, Mário de Andrade, MASP Renner, Lia D Castro, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.
Serviço
Exposição | Gran Fury: arte não é o bastante
De 23 de fevereiro a 09 de junho
Terça, das 10h às 20h (entrada até as 19h) · quarta a domingo, das 10h às 18h
(entrada até as 17h)
Período
Fevereiro 23 (Sexta) 10:00 - Junho 9 (Domingo) 20:00(GMT-03:00)
Local
MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo
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Com curadoria de Ailton Krenak e curadoria adjunta de Angela Pappiani, Eliza Otsuka e Priscyla Gomes, a exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” apresenta 160 fotografias inéditas no Brasil
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Com curadoria de Ailton Krenak e curadoria adjunta de Angela Pappiani, Eliza Otsuka e Priscyla Gomes, a exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” apresenta 160 fotografias inéditas no Brasil do premiado fotógrafo japonês Hiromi Nagakura, realizadas em viagens com Krenak, principalmente pelo território amazônico, entre 1993 e 1998. A mostra, com entrada gratuita, chega ao CCBB RJ ampliada, com uma nova seleção de imagens, além de objetos dos povos visitados, que não estiveram presentes na edição paulistana da exposição, em cartaz no ITO até o início deste ano.
Além disso, lideranças indígenas de diversas etnias participarão de conversas realizadas em torno da exposição, junto com o fotógrafo e o curador. No dia da abertura da exposição, às 17h, haverá a roda de conversa “Hiromi Nagakura e Ailton Krenak encontram os povos da floresta”, com a presença da dupla e também das lideranças indígenas Moisés Pyianko Ashaninka e Leopardo Huni Kuin, com a participação de Marize Guarani, presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã. No dia 29 de fevereiro, também às 17h, haverá mais uma roda de conversa, “Hiromi Nagakura e Ailton Krenak encontram os povos do cerrado”, com Krenak, Nagakura e as lideranças indígenas Marineuza Pryj Krikati, Maria Salete Krikati e Caimi Waiassé Xavante, com a participação de Carlos Tukano, presidente do Conselho Estadual de Direitos Indígenas do Rio de Janeiro. No dia 1 de março, às 17h, Ailton Krenak e as cinco lideranças indígenas da Amazônia convidadas farão palestra no CCBB RJ.
“Nagakura-san é um samurai. Sua espada é uma câmera que ele maneja com a segurança de quem já passou por campos de refugiados e esteve no centro das praças de guerra, por lugares como África do Sul, Palestina, El Salvador e Afeganistão. Depois desse mergulho no inferno global, quando sentiu de perto a loucura dos seres humanos, o samurai da câmera descobriu a floresta amazônica e seus povos nativos”, escreveu Ailton Krenak, curador da mostra, no texto que acompanha a exposição.
A exposição é patrocinada pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A mostra segue para os CCBBs Brasília e Belo Horizonte após temporada no Rio de Janeiro
Serviço
Exposição | Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak
De 28 de fevereiro a 27 de maio
De quarta a segunda, das 9h às 20h. Fechado às terças-feiras
Período
Fevereiro 28 (Quarta) 09:00 - Maio 27 (Segunda) 20:00(GMT-03:00)
Local
CCBB RJ
R. Primeiro de Março, 66 - Centro Rio de Janeiro - RJ
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O escultor Saint Clair Cemin (1951, Cruz Alta, RS, Brasil) inaugura a individual “Ser híbrido”, em 9 de março, sábado, na sede da Millan. A abertura, que marca a reinauguração
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O escultor Saint Clair Cemin (1951, Cruz Alta, RS, Brasil) inaugura a individual “Ser híbrido”, em 9 de março, sábado, na sede da Millan. A abertura, que marca a reinauguração do imóvel da sede da galeria —fechada desde novembro de 2023 para uma grande reforma—, contará, ainda, com um bate-papo entre o artista e o crítico de arte estadunidense Paul Laster.
Cemin, que hoje vive entre os Estados Unidos e Grécia, criou seis esculturas em bronze especialmente para a mostra. Cada uma das peças condensa movimentos, formas e referenciais diferentes em um único ser. “Panguri”, por exemplo, une as figuras de um cavalo, um menino e um avião, criando, nas palavras do artista, uma “quimera”.
Outra escultura, que também recebe o tratamento de pátina alaranjada que recobre as obras na exposição, remonta à capoeira e é formada por duas partes que parecem se movimentar em sincronia. Efeito semelhante acontece com a obra “Infante”, que “em princípio deve girar ou dar cambalhotas quando caminhamos ao seu redor, dependendo do ponto de vista”, explica Cemin.
O artista cresceu em Cruz Alta, a quase 300 km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, onde desfrutava da paisagem povoada por cavalos ou visitava o aeroclube local para ver decolando os aviões teco-teco, deixando a cidade gaúcha para estudar Belas Artes na prestigiosa École des Beaux-Arts de Paris. Após se formar, em 1978, ele se mudou para os Estados Unidos, onde passou a integrar a vibrante cena de artes de Nova York, se aproximando de figuras como Jeff Koons e Richard Serra.
Mesmo com quase 60 anos de carreira, Cemin admite que se surpreendeu com o conjunto que apresenta na Millan: “As peças nesta exposição eram um enigma para mim. Elas eram importantes, mas eu não sabia o porquê e nem o que as unia num grupo coerente. Passaram-se semanas ou meses até que me dei conta, numa epifania fulgurante, do que elas eram. Todas estavam conectadas intimamente aos meus anos de criança; é como se as sensações, estados de espírito de minha infância, se houvessem cristalizado naquelas formas. Um poema sobre nossa infância”.
Além das memórias da infância, as esculturas também incorporam elementos da arte moderna e da estatuária da Grécia Antiga, essas já recorrentes em sua produção, que incorpora também, referências à filosofia, mitologia e literatura.
Ser híbrido apresenta uma parcela da produção de um artista que, mesmo que fiel à sua identidade, se coloca sempre em reinvenção, recusando definições totalizantes sobre a sua ou a arte em geral. “Qualquer coisa que se diga sobre a escultura em geral, a instalação em geral, poderá ser desmentido, ou agora, ou no futuro, por algum artista particular. A arte, a meu ver, chega ao universal pelo caminho do particular, daquilo que é único, pessoal” conclui.
Serviço
Exposição | Ser híbrido
De 09 de março a 13 de abril
Segunda a sexta, das 10h às 19h, sábado, 11h às 15h
Período
Março 8 (Sexta) 10:00 - Abril 13 (Sábado) 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Millan
Rua Fradique Coutinho 1360/1430 São Paulo Sp
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Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, o bioma Pantanal, umas das maiores planícies inundáveis do planeta, que em 2020 viveu sua grande tragédia ambiental,
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Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, o bioma Pantanal, umas das maiores planícies inundáveis do planeta, que em 2020 viveu sua grande tragédia ambiental, é o tema de Água Pantanal Fogo, exposição manifesto realizada pelo Instituto Tomie Ohtake em parceria com o Documenta Pantanal.
Com curadoria de Eder Chiodetto, a mostra reúne fotografias de Lalo de Almeida e Luciano Candisani, dois dos mais proeminentes fotodocumentaristas brasileiros, além de apresentar mapas, livros, infográficos e uma sala de vídeos que auxiliam a compor um panorama potente do Pantanal e de suas urgências.
Lalo de Almeida focou suas lentes no fogo que assolou o Pantanal durante os incêndios de 2020, devastando aproximadamente 26% da área e resultando na morte de 17 milhões de animais. Suas imagens circularam globalmente, desempenhando um papel crucial ao alertar a sociedade, a comunidade científica, o governo brasileiro e organizações internacionais sobre a gravidade do ocorrido. Parte delas, sobretudo o registro de um bugio ajoelhado e carbonizado, conferiu a Lalo o prestigioso prêmio World Press Photo na categoria “Ambiente”.
Já Luciano Candisani, especializado em fotografar ecossistemas ao redor do mundo, traz uma série de imagens da água, sejam elas submersas, terrestres ou aéreas. Suas fotografias, caracterizadas por uma rara combinação de excelência técnica e expressividade, foram produzidas em condições complexas durante as cheias pantaneiras, resultando em um acervo iconográfico de suma importância.
Segundo o curador, ambos os fotógrafos são “cronistas visuais que frequentemente buscam parcerias com cientistas e pesquisadores. Para obter o resultado exposto nessa mostra, criam logísticas complexas e se expõem a vários tipos de perigo. É em trabalhos como esses, que aliam idealismo, paixão e militância, que a fotografia alcança seu ápice, tornando-se uma janela aberta a revelar as idiossincrasias e o sublime do mundo”, conclui.
Serviço
Exposição | Água Pantanal Fogo
De 08 de março a 12 de maio
Terça a domingo, das 11h às 19h
Período
Março 8 (Sexta) 11:00 - Maio 12 (Domingo) 19:00(GMT-03:00)
Local
Instituto Tomie Ohtake
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo – SP
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A Galeria TATO, conhecida como um polo de atração e desenvolvimento de talentos na arte contemporânea, inaugura a coletiva “Que dizer de nós?”. A mostra reúne cerca de 30 obras
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A Galeria TATO, conhecida como um polo de atração e desenvolvimento de talentos na arte contemporânea, inaugura a coletiva “Que dizer de nós?”. A mostra reúne cerca de 30 obras de artistas participantes de duas edições da Casa Tato, projeto principal da galeria, com foco na inclusão de artistas promissores no sistema da arte. A curadoria é de Katia Salvany, que responde pela Casa Tato 9; e de Sylvia Werneck, responsável pela Casa Tato 10; com assistência de João Pedro Pedro. A exposição abre no dia 9 de março e pode ser visitada até o dia 30, de quarta a sábado, na Barra Funda, em São Paulo. A entrada é franca.
A mostra apresenta obras dos seguintes artistas: Adriana Nataloni (Argentina), Alessandra Mastrogiovanni (SP), Alexandre Vianna (SP), Anna Guerra (PE), Anna Vasquez (BA), Bet Katona (RJ), Bianca Lionheart (SP), Danilo Villin (SP), Desirée Hirtenkauf (RS), Diogo Nógue (SP), Edu Devens (RS), Flávia Matalon (SP), Gela Borges (MG), Giovanna Vilela (SP), Glenn Collard (SP), Isaac Sztutman (SP), Isabel Marroni (RS), Jamile Sayão (SP), Janice Ito (SP), Jaqueline Pauletti (SC), Júnia Azevedo (RJ), Laura Martínez (México), Luciano Panachão (SP), Marcelus Freschet (SP), Marina Marini Mariotto Belotto (PR), Neto Maia (BA), Rogo (TO) e Tomaz Favilla (SP).
Criado em 2020, com o objetivo de dinamizar a carreira de artistas promissores, o programa Casa Tato chega à sua décima edição. “Ao longo de seis meses, os participantes fazem uma imersão de mais de 100 horas em encontros e trocas com diversos profissionais do sistema da arte do Brasil e do exterior”, explica Tato DiLascio, diretor da galeria e idealizador do projeto. Os curadores residentes das edições 9 e 10 foram Kátia Salvany e Sylvia Werneck. Entre os curadores convidados participam: Agnaldo Farias, Alice Granada, Andrés Duprat, Daniela Bousso, Francela Carrera, Filipe Campello, Javier Villa, Lorraine Mendes, Lucas Benatti, Ludimilla Fonseca, Marcello Salles, Nancy Rojas, Paula Borghi e Rejane Cintrão.
Na exposição, os artistas participantes das edições 9 e 10 da Casa Tato se encontram no meio do caminho. O primeiro grupo conclui seu ciclo de acompanhamento, enquanto o segundo o inicia. “Com pesquisas bastante específicas e poéticas variadas, podemos dizer que, em seus trabalhos, os grupos partilham da vontade de esmiuçar o cotidiano e, com sorte, vislumbrar algum nexo na aventura de existir”, diz Katia Salvany. “Lidar com o transitório, encontrar o lugar do corpo na urbe, tentar refazer o elo rompido com a natureza ou compreender a memória são algumas das questões abordadas pelos artistas. As linguagens plásticas são tão variadas quanto os caminhos escolhidos para o mergulho em seus processos”, resume Sylvia Werneck.
Serviço
Exposição | Que dizer de nós?
De 09 de março a 30 de março
Quarta a sábado, das 13h às 18h
Período
9 (Sábado) 13:00 - 30 (Sábado) 18:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Tato
Rua Barra Funda, 893. Barra Funda. São Paulo - SP
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A Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro, abrirá para o público a exposição “Anjos com armas”, apresentando aproximadamente 50 obras dos artistas Sergio Camargo (1930-1990), Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980). A curadoria é de Max Perlingeiro, diretor da Pinakotheke
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A mostra é um tributo ao crítico e curador britânico Guy Brett(1942-2021), que desempenhou papel decisivo na internacionalização da arte brasileira, ao criar, junto com o artista filipino David Medalla(1942-2020), e outros amigos, a lendária galeria Signals, que de 1964 a 1966 exibiu obras desses fundamentais artistas que são Lygia Clark, Hélio Oiticica,Mira Schendele Sergio Camargo. Quatro obras que estiveram originalmente na Signals, estarão expostas na Pinakotheke Cultural: “Bicho-Contrário II” (1961), “Espaço Modulado nº 4” (1958) e “Espaço modulado nº8” (1959), de Lygia Clark, e “Relief” (1964), de Sergio Camargo.
Na abertura de “Anjos com armas”, estará presente o crítico, historiador e filósofo da arte Yve-Alain Bois (Constantine, Argélia, 1952), pesquisador no prestigioso Institute for Advanced Study, em Princeton, EUA.
Na ocasião, será lançada uma dupla publicação – o livro sobre a exposição, com textos de Guy Brett sobre os artistas, um texto do artista Luciano Figueiredo, e apresentação de Max Perlingeiro, curador da exposição e diretor da Pinakotheke Cultural; e “Anjos com Armas”, íntegra do texto de Yve-Alain Bois escrito originalmente para a revista “October”, do MIT, em que faz reflexões sobre o pensamento de Guy Brett e o artista filipino David Medalla (1942-2020), que estiveram à frente da Signals.
Outros destaques da exposição são os Bichos, de Lygia Clark, em alumínio: Bicho caranguejo (1960) e Bicho-contrário II (1961); o conjunto de sete “Metaesquemas”de Hélio Oiticica, de 1957 a 1959; o conjunto de seis “Relevos”de Sergio Camargo, entre eles o Relevo nº 172 (Fenditura spazio orizzontal e lungo), de 1967; os seis trabalhos da série “Monotipias” dos anos 1960 de Mira Schendel, além de seu “Caderno de artista” (1966), o “Diário de Londres“, em que a artista usa, “ao que parece, pela primeira vez, as letras decalcadas (letraset)”, afirmou Taisa Palhares, no catálogo da exposição “O espaço infindável de Mira Schendel” (2015), na Galeria Frente.
Serviço
Exposição | Anjos com armas
De 18 de março a 11 de maio
Segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados das 10h às 16h.
Período
Março 18 (Segunda) 10:00 - Maio 11 (Sábado) 18:00(GMT-03:00)
Local
Pinakotheke Rio de Janeiro
Rua São Clemente 300, Botafogo – Rio de Janeiro - RJ
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O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 22 de março a 28 de julho de 2024, Francis Bacon: a beleza da carne, que ocupa
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O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 22 de março a 28 de julho de 2024, Francis Bacon: a beleza da carne, que ocupa o espaço expositivo no 1o andar do museu. Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, Laura Cosendey, curadora assistente, MASP, e assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP, a exposição pretende evidenciar como o artista, com sua pintura inovadora e impactante, abriu caminhos para a presença queer na cultura visual.
Cobrindo mais de quatro décadas de trabalho do britânico, a mostra, com patrocínio master do Nubank e patrocínio da Vivo, reúne mais de vinte obras de Bacon, desde as décadas iniciais de sua produção até os anos 1980, e é acompanhada de um catálogo com ensaios inéditos. As obras provêm de empréstimos de museus como Tate (Inglaterra), MoMA (Nova York), Metropolitan Museum (Nova York), Museum Boijmans van Beuningen (Países Baixos), Museu Tamayo (México), Fondation Beyeler (Suíça), Stedelijk Museum (Países Baixos), entre inúmeras outras instituições de renome internacional e coleções particulares.
Francis Bacon (Dublin, Irlanda, 1909—1992, Madrid, Espanha) é considerado um dos mais importantes pintores da arte do século 20, com mais de seis décadas de produção. Filho de pais ingleses, teve uma infância difícil, em um ambiente familiar violento. Aos dezesseis anos, foi expulso de casa por seu pai e, após passar um período em Berlim e em Paris, fixou-se em Londres a partir dos anos 1930, onde iniciaria sua carreira como artista. Bacon construiu uma obra contundente e marcante, tornando-se um nome fundamental para a renovação da pintura figurativa.
O artista voltou-se especialmente para as figuras masculinas, seu objeto de desejo, em retratos e nus. A exposição apresenta retratos de homens com quem ele teve relacionamentos marcantes, como Peter Lacy (1916-1962) e George Dyer (1934-1971), além de outras figuras importantes em sua vida, como seu companheiro próximo John Edwards.
O título da mostra, A beleza da carne, faz referência a um relato do artista em uma das entrevistas conduzidas pelo crítico de arte e importante interlocutor ao longo de sua carreira, David Sylvester. Bacon conta que, ao se deparar com a vitrine de um açougue, refletiu: “[…] enquanto pintor, devemos lembrar que há essa grande beleza na cor da carne. […] Nós, obviamente, somos carne, somos carcaças em potencial. Quando vou a um açougue, sempre penso que é surpreendente que eu não esteja lá no lugar do animal”.
A fisicalidade do corpo é traduzida pelo artista em texturas espessas e oleosas, conferindo às figuras formas quase abstratas. As pinturas de Bacon reúnem em si uma grande variedade de fontes iconográficas, revisitando temas canônicos e combinando referências da história da arte com suas experiências pessoais e percepções sobre o corpo masculino.
“Seja em suas obras iniciais, que muitas vezes transgrediam símbolos da cristandade, ou naquelas que retratavam nus masculinos, a fisicalidade do corpo também é matéria central de sua obra”, analisa a curadora Laura Cosendey. “Essa simbologia da carne por Bacon condensa em si extremos: o espiritual e o animal, o frescor e a putrefação. Ela é a própria materialidade de nossa existência ‘em carne e osso’, mas também é ícone do desejo carnal, do instinto natural do corpo”, finaliza.
A produção de Bacon acompanha as mudanças significativas da experiência queer no contexto social britânico, visto que a prática de atos sexuais entre pessoas do mesmo gênero só foi descriminalizada na Inglaterra em 1967, após a promulgação do Sexual Offenses Act. Tais transformações trouxeram desdobramentos significativos para a obra do artista. Ainda nos anos 1950, Bacon produziu Two Figures [Duas figuras] (1953) e Two Figures in the Grass [Duas figuras na grama] (1954), obras que marcam um ponto de inflexão em seu trabalho. Em ambas, dois corpos masculinos em cena se entrelaçam e transbordam as fronteiras do corpo. Essas duplas de figuras, às quais o artista se referia como couplings [acasalamentos], poderiam ser confundidas com imagens de lutadores fundindo-se num embate corpo a corpo, ampliando a ambiguidade das imagens queer apresentadas por Bacon.
Se inicialmente sua produção foi marcada por uma certa ambiguidade entre o desejo e a violência, em especial nos anos 1950, a presença do erótico e de relações homoafetivas foi pouco a pouco se tornando mais evidente. A obra Man at a Washbasin [Homem em um lavatório] (circa 1954) também aponta para um vínculo de intimidade a partir de um gesto corriqueiro: uma figura humana arqueada que se debruça sobre a pia. A pintura sugere esse vínculo ao retratar um momento de privacidade no trato com o corpo.
Nos anos subsequentes, Bacon passa a trabalhar com espessas massas de tinta para caracterizar suas pinturas. A visceralidade com a qual o artista retratava esses corpos irrompe na superfície da pele, excedendo seus limites, como se pintasse o avesso da carne. Pinturas como Two Figures with a Monkey (1972), que também apresenta um de seus couplings, evidenciam esses acasalamentos. “Aqui, a carnalidade é posta em sua matéria literal, em primeiro plano, mas também transparece na voracidade dos corpos em ação, pondo em cena o embate entre suas figuras entrelaçadas. O ato sexual volta a mostrar-se protagonista”, explica Cosendey.
Em algumas entrevistas concedidas por Bacon ao longo de sua carreira, o artista comentou como sua vida emocional afetava profundamente sua produção. Sua obra foi impactada por dois relacionamentos turbulentos que marcaram sua vida: Peter Lacy, seu parceiro ao longo dos anos 1950, e George Dyer, que conheceu pouco tempo após a morte de Lacy e tornou-se sua grande inspiração durante os quase dez anos que passaram juntos.
Os homens que o artista amou permaneceram como presenças espectrais em suas pinturas, perdurando mesmo após o fim dos relacionamentos. A obra Study for Three Heads [Estudo de três cabeças] (1962), por exemplo, um de seus primeiros trípticos de menor escala, combina um retrato de Lacy ao seu autorretrato. Após a trágica morte de Dyer na antevéspera da abertura de uma exposição individual de Bacon em Paris, em 1971, o artista também pintou importantes trípticos dedicados a ele.
Para Laura Cosendey, a vida pessoal do artista marcou significativamente a produção e a compreensão de suas obras: “a soma da intimidade do artista com a gestualidade expressiva de suas pinceladas é o que dá potência à obra de Bacon, que ainda hoje nos tira o fôlego. Suas imagens nos trazem o vigor da vida, mas também a iminência da morte – essa ambivalência da beleza da carne que, por décadas, impactou os olhos do pintor”.
Francis Bacon: a beleza da carne integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+. Este ano a programação também inclui mostras de Gran Fury, Mário de Andrade, MASP Renner, Lia D Castro, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.
Serviço
Exposição | Francis Bacon: a beleza da carne
De 22 de março a 28 de julho
Terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas
Período
Março 27 (Quarta) 10:00 - Julho 27 (Sábado) 20:00(GMT-03:00)
Local
MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo
Destaques
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